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Labi lasīt

quarta-feira, 28 de março de 2012

Amarga doce docência

Pequena e curta solidão, maldita sensação de alegria.
Eu sei que é curta e por isso é maldita.
Eu sei que é curta e por isso aproveitarei da melhor forma B.B. que é a melhor forma de fazer isso.
Aviso que esta parte a seguir, pode não interessar a vocês e confesso que tenho muito mais a dizer a partir da parte em NEGRITO. Falo isso porque sei que são um bando de preguiçosos.
Semana de trabalho duro e importante. Ser professor é algo delicado. É preciso cuidar das palavras mais do que nunca. Elas adquirem um poder espantoso. Perdi um pouco da naturalidade e não sou mais tão espontâneo. Fato. Alguns projetos, ideias e gracinhas estão ficando para trás e isso me preocupa. É... O tempo é curto e estou ocupando o tempo da vida de quase 100 crianças. Isso pode se tornar poético de certa forma, ou não, mas na pior das hipóteses é no mínimo importante.
Eu vou ficar na memória de alguns, mesmo que eles não queiram e/ou não se importem. Ao menos comigo acontece isso.
Ah, outra coisa: estou tomando o seu tempo agora, usando isso como uma espécie de diário. Isso é legal, para mim ao menos. Estou te usando, mas veja pelo lado bom: se leu isso, ao menos não é um maldito preguiçoso.
Enfim, o que me faz escrever ainda é o grande medo de morrer com palavras não ditas, coisas não feitas, inacabadas... Uma hora nós desaparecemos completamente. Não com nossa morte, não. O problema é que depois da morte você já fez tudo que tinha para fazer, e se não fez (e esse é o maior problema e mais frequente), nunca mais fará! Não há nada que um cadáver fedorento possa fazer para continuar.
Quero lembrar que zumbis não existem.
Após a morte, você pode continuar, em páginas, em fotos, e o mais importante, na memória das pessoas. Podem discordar, mas eu realmente não acho que isso seja o suficiente. Não para mim, o chato. Até a memória das pessoas se vai e o que sobrou de você vai junto, meu amigo. Ao menos que você tenha grandes pensamentos, grandes ideias, e as DEIXE na história, não durará mais que o seu corpo fedorento no caixão, nem mais que seus ossos, nem mais que as cinzas que se vão pelo ar.
No final, tudo que resta são as cinzas pelo vento. Eu não quero isso para mim, e você?

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Que seja produtivo! Maldito! hahaha