NONO ERRO: A IMPLANTAÇÂO DE UM SISTEMA DE PRODUÇÂO DO SABER
E DE COMUNICAÇÃO SOCIAS VOLTADOS AOS INTERESSES INDIVIDUAIS, À DINÂMICA DO
MERCADO E À ALIENAÇÃO CULTURAL, SEM COMPROMISSO EDUCATIVO NEM SINTONIA COM A
CULTURA NACIONAL.
(Síntese acerca de um capítulo de "Os dez erros da modernidade brasileira")
A partir dos anos 30 e especialmente a partir dos
anos 70 o Brasil disseminou internamente uma cultura que fora criada para
legitimar os seus erros anteriores. Os veículos utilizados para pulverizar essa
ótica modernista foram: a universidade e o sistema de telecomunicações. O
Brasil, desde o seu início propriamente dito, ignorou os aspectos sociais, bem
como o desenvolvimento de tais, e se arquitetou sobre pilares econômicos, vindo
de uma sociedade aristocrata escravocrata. Aí já se percebe o início de uma
mentalidade que cresceria e se espalharia no país.
A ação desses dois “veículos” constitui um erro tão
grave, que não é notado facilmente em questão do convencimento do povo sobre a
primazia do aspecto econômico. Na universidade, criou-se a base intelectual que
justifica os erros, pois se sentindo inferiores aos universitários de outros
países, os brasileiros acabaram copiando a maneira de ser e de pensar dos
estrangeiros. A herança histórica não fica isenta nesse caso. Além das técnicas
produtivas europeias terem sido copiadas, o maior dos exageros consiste em
internalizar conceitos sociais e econômicos vindos de fora, aplicados em uma
realidade não condizente com tais. Uma luva pequena e modelada, para uma mão
grande, ainda mal formada e cheia de calos.
A construção de um imaginário “modernoso” deu-se
pelo incentivo – em plena ditadura militar - às universidades. Seus programas
de bolsas, bem como os conteúdos dos programas de ensino superior não eram condizentes
com a realidade universitária brasileira. Sem falar, por exemplo, das
linguagens “esotéricas” criadas nas universidades, distanciando-se novamente da
realidade social que dizia respeito a um elevado índice de analfabetismo.
Na divulgação desse imaginário modernoso, temos
novamente os alicerces anteriores. Falta de sintonia das importações – sejam
teóricas, sejam técnicas – com a realidade e as necessidades sociais. A
televisão, o radio e os jornais divulgaram esse imaginário sem compromisso em
atender as necessidades do povo; sem compromisso com a educação ou a cultura.
Vendem então os produtos do sistema existente estabelecido. Mudança social, ou
mesmo “desenvolvimento” não são temas em pauta. Continuaram dessa forma
justificando os erros anteriores.
Como consequência, vemos o grande grau de
deseducação e aculturação no Brasil, ou a alienação a conceitos e valores
vendidos através dos meios de comunicação, gerando uma imobilidade social; um
caminho único sem alternativas aparentes.
Legal man, depois vou ler com calma e comentar.
ResponderExcluirBueno.
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