Boa leitura
Gut
zu lesen
Хорошо читать
Good read
Labi lasīt

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Nono erro do Brasil no processo modernizador


NONO ERRO: A IMPLANTAÇÂO DE UM SISTEMA DE PRODUÇÂO DO SABER E DE COMUNICAÇÃO SOCIAS VOLTADOS AOS INTERESSES INDIVIDUAIS, À DINÂMICA DO MERCADO E À ALIENAÇÃO CULTURAL, SEM COMPROMISSO EDUCATIVO NEM SINTONIA COM A CULTURA NACIONAL.


 (Síntese acerca de um capítulo de "Os dez erros da modernidade brasileira")

A partir dos anos 30 e especialmente a partir dos anos 70 o Brasil disseminou internamente uma cultura que fora criada para legitimar os seus erros anteriores. Os veículos utilizados para pulverizar essa ótica modernista foram: a universidade e o sistema de telecomunicações. O Brasil, desde o seu início propriamente dito, ignorou os aspectos sociais, bem como o desenvolvimento de tais, e se arquitetou sobre pilares econômicos, vindo de uma sociedade aristocrata escravocrata. Aí já se percebe o início de uma mentalidade que cresceria e se espalharia no país.
A ação desses dois “veículos” constitui um erro tão grave, que não é notado facilmente em questão do convencimento do povo sobre a primazia do aspecto econômico. Na universidade, criou-se a base intelectual que justifica os erros, pois se sentindo inferiores aos universitários de outros países, os brasileiros acabaram copiando a maneira de ser e de pensar dos estrangeiros. A herança histórica não fica isenta nesse caso. Além das técnicas produtivas europeias terem sido copiadas, o maior dos exageros consiste em internalizar conceitos sociais e econômicos vindos de fora, aplicados em uma realidade não condizente com tais. Uma luva pequena e modelada, para uma mão grande, ainda mal formada e cheia de calos.
A construção de um imaginário “modernoso” deu-se pelo incentivo – em plena ditadura militar - às universidades. Seus programas de bolsas, bem como os conteúdos dos programas de ensino superior não eram condizentes com a realidade universitária brasileira. Sem falar, por exemplo, das linguagens “esotéricas” criadas nas universidades, distanciando-se novamente da realidade social que dizia respeito a um elevado índice de analfabetismo.
Na divulgação desse imaginário modernoso, temos novamente os alicerces anteriores. Falta de sintonia das importações – sejam teóricas, sejam técnicas – com a realidade e as necessidades sociais. A televisão, o radio e os jornais divulgaram esse imaginário sem compromisso em atender as necessidades do povo; sem compromisso com a educação ou a cultura. Vendem então os produtos do sistema existente estabelecido. Mudança social, ou mesmo “desenvolvimento” não são temas em pauta. Continuaram dessa forma justificando os erros anteriores.
Como consequência, vemos o grande grau de deseducação e aculturação no Brasil, ou a alienação a conceitos e valores vendidos através dos meios de comunicação, gerando uma imobilidade social; um caminho único sem alternativas aparentes.

2 comentários:

Que seja produtivo! Maldito! hahaha