Sinceramente eu não sei o que pensar, nem o que sentir. A cada dia que busco inovar minha motivação e o sentido de educar, me deparo com um gigantesco muro de desanimo e pessimismo.
Esse muro é constituído pelos professores - ou a maioria deles - que se recusam a educar. Se recusam a educar-se, se recusam a aprender e a estudar; se recusam a buscar soluções e se recusam a aprender. Reclamar é uma arte para essa camada de pessimistas. É sempre a mesma discussão em torno de algo muito longe do centro da questão.
Na verdade podem discutir o que quiserem, pois não apresentam sinais de vida. São múmias. São mortos como educadores, que esqueceram-se do "caixote". Dessa forma remam contra a maré de grandes novidades, pois essas são muito estranhas para a mente medieval assimilar. É como se tivessem presos à Idade das Trevas, sem vontade de libertar-se.
Quando criticam as mudanças que estão sendo propostas para a educação - e a forma como o fazem - nos parece que tudo está perfeitamente no seu lugar, e que a educação não enfrenta nenhum problema. Soa como se do passado até o presente momento a educação tivesse acertado em tudo. Quando me deparo com essa série de duras críticas (abstratas), o "Antigo Regime" parece-me tão agradável, que eu quase acredito nessa baboseira toda, se não fosse, é claro, a arte de reclamar, que surge novamente. Criticam tanto o "novo" que se esquecem que o "velho" encontra-se fuzilado de críticas.
Pois bem. Independente da opinião de cada um sobre como as coisas devem acontecer, eu só tenho a dizer o seguinte para essas pessoas (não incluo, de forma alguma, todos os professores, bem como não incluo somente professores): Vocês me causam repulsa. Vocês acabam com o sonho de qualquer um. Vocês são profissionais em fazer um professor iniciante abandonar suas convicções e tornar-se mais um de vocês; poderiam muito bem fazer com que boa parte de nós - e já não existem tantos assim - desistisse da educação, logo no início da carreira e fosse fazer qualquer outra coisa da vida.
É SÉRIO. Vocês desanimam qualquer um com esse pessimismo emplacante. Parem de reclamar. Isso acaba com qualquer um, e afoga o entusiasmo de nós, jovens educadores, num mar de tristeza. Eu posso não estar certo no resto de minhas colocações, mas nisso estou certo, pois se trata do que eu sinto, pois se trata da posição na qual me encontro.
Também gostaria de acrescentar a isso minha tremenda satisfação em me constituir como docente exatamente no oposto de vocês.
Me constituindo na diferença, eu posso não saber muito bem para onde ir, mas não repetirei os erros dos outros e poderei ter certeza de alguns caminhos que não devo trilhar.
É com orgulho que eu digo que sinto amor pelo que faço. Meus alunos me completam e a sala de aula continua sendo um lugar onde me sinto bem.
E esse pessimismo contagia nós alunos também, pode ter certeza. Temos que aprender a dar chance ao novo.
ResponderExcluirSó o fato de fazer com amor aquilo que tu gosta ja faz uma grande diferença. E é essa diferença que nos faz sentir vontade de aprender e participar das aulas, pra no final sentirmos a alegria de concluir mais um ano de estudos. Obrigada professor Gian, por fazer essa diferença. :)
Eu não sei qual dos meus alunos fez esse comentário, pois está como "anônimo", porém isso não vem ao caso. O importante é saber que valorizam e percebem nossa vontade em ensinar. Obrigado! Fico muito feliz em saber disso!
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