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terça-feira, 8 de setembro de 2015

Em direito adquirido não se toca, e com a democracia não é diferente.

É complicado. O ser humano a passos lentos foi largando a barbárie rumo a um processo civilizatório. Passamos por períodos terríveis, ditaduras, e muitos lutaram e morreram pra garantir direitos, até mesmo para umas antas dessas.

É característico dos entusiastas da ditadura flertarem com violência e banalizarem a morte, e até mesmo é justificado o desejo de entregar o governo e as decisões para um ditador, ou um único grupo, pois quem nunca participou das decisões democráticas do país não sentiria falta das mesmas se esse direito lhes for tomado. É até um favor pra essa gentalha, pois aí não precisariam deliberar e participar de fato. É uma responsabilidade a menos.

É uma pena que vemos dessas cenas. Creio que no caso de um novo golpe - o que acho que não combina com a estrutura social internacional atual - é claro que a resistência se fará presente. Tolo aquele que pensa que deixaremos fascistas tomarem conta das decisões políticas, da juventude, da cultura, e da educação.

Em direito adquirido não se toca, e com a democracia não é diferente.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Viver ou sobreviver? Qual o sentido da vida?

Quando foi que viver deixou de ser indispensável e o objetivo de nossa vida?

Esperamos com uma inquietação angustiante que a semana termine;
Aguardamos com pavor terrível a segunda feira;

Tudo sinal de que levamos uma vida miserável objetivando sempre o momento de escape e uma fuga que desejamos ser eterna.

Se você se identifica com isso, cuidado! Há indícios de que não está vivendo sua vida, apenas sobrevivendo. Isso não me parece nada com felicidade.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Opinião e direito

     Um dos grandes problemas que envolvem as pessoas e suas relações atuais giram em torno do que muitos chamam de "opinião";

     Muitos chamarem de opinião não significa que isso é uma opinião de fato.

     Outro dos grandes problemas gira em torno do que chamam de "direito".

     Novamente, chamar de "direito" e reivindicar um aspecto legal para tal elemento não o faz de fato um "direito".

     Eu posso chamar você de sapo, coelho, sapoelho. Posso inventar o que eu quiser, mas mentir pra si mesmo é algo realmente triste. Isso não vai fazer de você um sapo, nem um coelho.

    As pessoas,  com o advento da sociedade pós moderna, da internet e das redes sociais, parecem compelidas a terem uma opinião, mesmo quando não possuem.

     Se você está cercado por uma cultura que despeja opinião através de imagens e postagens contundentes o tempo todo, e não possui uma opinião formada, o que deveria fazer? Os mais espertos e apressados diriam: buscar informação; buscar embasamento teórico para entender do que se trata toda a discussão, ou o cenário em questão. Parece óbvio, mas a resposta parece ter se tornado outra:"Se não tenho uma opinião formada, eu escolho uma que mais me agrade e afirmo ela com muita convicção." Parece que é isso que anda acontecendo. 

      Outro problema, no tocante a opinião, é que esse termo começou a servir como manto, para cobrir preconceito e ódio dos mais variados tipos. Como, felizmente, tornou-se feio ser uma pessoa preconceituosa, as pessoas não podem se auto afirmar como preconceituosas, e escondem esse preconceito atrás de suas "opiniões". Atitudes como apoiar figuras machistas, fascistas, homofóbicas, passou a ser opinião. Jair Bolsonaro é um exemplo. O ídolo dos cabeça ocas. O chamado "Bolsomito". Sério? Bolsomito? Só pode ser um mito mesmo pra ser tão irracional.

     Eu imagino que seria mais fácil lutar contra o preconceito se as pessoas parassem de frescura e afirmassem de uma vez: "sim, eu não gosto de preto, pobre, gay...". Mas o que temos é algo do tipo: "Não tenho nada contra negros, mas faço piadas racistas o tempo todo. É só uma brincadeira; nada contra os pobres, só não ajudo eles e tenho raiva de políticas públicas que ajudem, afinal, pobre tem que continuar pobre. Não da pra ajudar vagabundo; nada contra gays, contanto que não sejam gays perto de minha pessoa. Até conheço uns gays que nem parecem gays." Sério... Essas pessoas realmente acreditam que não possuem preconceitos?

     Ligado a isso também noto um problema quando fala-se em direito. O negro, historicamente, lutou por direitos iguais, para ser tratado como gente normal, por não ser chicoteado, por liberdade, por frequentar os mesmos espaços, para se casar com quem quisesse, daí vem o escravista e diz (com as mãos para o alto, cheio de ódio): "eu tenho direito de ser contra a liberdade dos negros e contra eles.". Não amigo, tu não tem direito contra o direito de liberdade e felicidade dos outros. Isso é canalhice, direito é outra coisa.

     O homossexual lutou e ainda luta por direitos iguais, para ser tratado como gente normal, para não ser agredido na rua, por liberdade, por frequentar os mesmos espaços, aí vem o homofóbico (com as mãos na cabeça, indignado) e diz: "é meu direito de não apoiar, de ser contra.". Não amigo, você é preconceituoso por demais. Não existe esse direito contra o direito de liberdade e felicidade dos outros.

     Veja bem, estamos falando de ser humano. Qual é a dificuldade da nossa espécie em aceitar outros da própria espécie? O ser humano não é o supremo ser racional? Que racionalidade é essa? Cara, para de tentar reivindicar um direito de ser contra as pessoas. Essa tua suposta "opinião", bem como o tal do "direito" que tu acha que tem, oprime, exclui e mata. Todos os dias.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Abaixo a corrupção!

 Algumas imagens com termos usados como desculpa para 
corrupções entendidas, geralmente, como "dar um jeitinho". O famoso "jeitinho brasileiro" vaga entre um pedido de favor e a corrupção. Não há uma delimitação clara, e por isso, devemos vigiar nossas noções de ética e moral. É muito fácil você pedir um jeitinho, ou um furo na fila, e logo em seguida estar corrompendo ou sendo corrompido.


Como deixar o carro estacionado em vaga de idoso ou de portador de necessidades especiais e deficiência física. Não importa se é bem rapidinho. Ele não vai achar outro lugar para estacionar se todos ocuparem suas vagas, por mais que seja "rapidinho".












Bem, se tem coisa "muito pior" e esse é seu argumento para poder errar, presume-se que o limite para seus erros seja esse "muito pior". Como se o "muito pior" delimitasse até onde você pode ser sacana com as pessoas. Logo você bem próximo a isso e não se distinguirá mais de criminosos e maiores infratores. 














É exatamente nesse momento que você se define. Tu não precisa mostrar que está fazendo a coisa certa, você apenas a faz. Pronto. Ou espera um abraço, um tapinha nas costas e uma reportagem na TV, para cada boa ação? As coisas não funciona assim meu amigo. 


















A velha e falsa sensação de que os outros devem começar as coisas para você. Se tu pensa assim, tu é folgado. Simples. Levanta e começa a fazer!












Bueno. Serviria de desculpa para a Alemanha nazista por exemplo. O povo curtiu a ideia e "todo mundo" colaborou, independente das condições. Não quer dizer que era bom ser um nazista canalha.


quinta-feira, 9 de julho de 2015

Questão de prioridades

Há algum tempo andei por refletir mais profundamente sobre as prioridades que dominam o homem. Isso mesmo. Não é o homem que possui prioridades, mas sim são essas quem possuem o homem e, por conseguinte determinam suas ações em sociedade. Sendo assim, penso que esse grande embate entre direita e esquerda, capitalismo e socialismo/comunismo, não passa de uma grande questão de prioridades.
Um caso que demonstra a questão da prioridade ou, no mínimo, levanta essa para reflexão é uma comparação existente entre uma capa da revista Veja de 1998 e uma Isto É de 2015. Não estou aqui a fazer críticas às revistas, apesar de haver muitas a serem feitas. O foco continua sendo a questão de prioridades.  A primeira capa anuncia uma crise destacando a miséria como o “grande desafio do Brasil”, seguido da seguinte frase: “a pobreza extrema de 23 milhões de brasileiros é uma tragédia que não pode mais ser ignorada”. A meu ver, nos últimos quatorze anos, a pobreza extrema não foi ignorada, tanto que os números podem nos mostrar o salto qualitativo que houve referente a fome e a essa pobreza no nosso país.
Como todos sabem, é um período que coincido com o governo PT. Não estou defendendo o PT, para deixar claro aos mais radicais que possam a vir me criticar por pensar isso, mas é inegável suas ações referentes ao conceito de ascensão social. Levando em consideração a questão de prioridades, e que a miséria não poderia mais ser ignorada, creio que o PT foi a melhor escolha desde o governo Lula até o momento. Novamente ressalto que não estou defendendo e apoiando as ações atuais do governo, pois me decepcionei muito mais do que pensei que poderia.
Continuando com a comparação, temos a capa da Isto É de 2015 apresentando o seguinte título: O Sufoco da Classe Média, seguido pelos supostos problemas que essa enfrenta: “escola, supermercado, gasolina e refeição fora de casa”. Refeição fora de casa! “Credo que desgosto do Brasil”, diriam os críticos mais reacionários (supondo que atingissem esse grau de sutileza). Novamente devemos nos orientar pela questão de prioridades ao pensar se estamos avançando ou retrocedendo. Há quem diga que prefere poder ter um vídeo-game de ultima geração, ou um carro do ano a haver alternativas ao problema da fome e da miséria que atinge, ainda, muitas pessoas. Nada contra os vídeo-games, pois quem me conhece sabe que gosto muito, mas eu, sinceramente, prefiro não ter entretenimentos do tipo, se a custo disso mais pessoas estarão dormindo sob um teto com alimento em suas mesas. É questão de saber o que é prioritário para uma nação; para a humanidade.
Há quem diga que Cuba é um país pobre. Questão de prioridade, novamente. Uma nação com a educação reconhecida recentemente como uma das melhores do mundo pelo Banco Mundial não me soa como pobre. Uma educação que não é pautada no lucro compulsório e sim num senso comunitário, transcendendo a lógica do mercado me parece bem evoluída. Um exemplo de que Cuba não é o que muitos insistem em pregar, é a medicina, que não é conhecida apenas pela qualidade, mas pela amplitude de cobertura, agindo numa lógica de medicina preventiva e com atendimento familiar. Mesmo após a “exportação” de mais de 30 mil médicos para 69 países, Cuba conta com uma média de 67,2 médicos para cada 10 mil habitantes, a melhor média do mundo. O mais interessante é que desde cedo os médicos cubanos são ensinados que sua missão é salvar vidas e não vender serviços. São sempre os primeiros a oferecer ajuda a outros países frente a catástrofes (inclusive aos EUA, no caso do furacão Katrina. Esses não aceitaram a ajuda) e epidemias (recentemente contra o vírus do Ebola).
Outro ponto interessante a destacar é a mortalidade infantil, que em 1990 era de 11 a cada mil; em 2000 caiu para 6 por mil. Hoje é de menos de 5 por mil, “ostentando” uma média melhor do que os Estados Unidos segundo a ONU e muito melhor do que a média da América Latina. Nação pobre? Não. Questão de prioridades.
É comum no Brasil ouvir críticas a situação atual da saúde e da educação, visto que são pontos importantíssimos para uma sociedade e parâmetros fundamentais para medir a o desenvolvimento e emancipação de uma nação. No entanto não há e nunca houve espaços para uma lógica diferente senão a lógica do mercado, do lucro e da concorrência. Quando Jango tentou sugerir que o país trilhasse um caminho pautado em justiça social e numa sociedade organizada de forma mais igualitária e racional, os militares tomaram conta (e o golpe não foi apenas de dentro). Sabemos o que representou esse período para a democracia e para a soberania do povo.
Com isso, apenas quero dizer que o senso comunitário das pessoas está desgastado ou nem existe, e que se não substituirmos essa cultura mercantilista que permeia o âmbito da educação, da saúde, e até mesmo da economia, estaremos a andar pelo caminho errado. Professor não vende educação; seus alunos não são clientes, são sujeitos que devem ser educados com uma responsabilidade social, aptos ao trabalho e a cidadania, tal como consta na lei. Médicos e enfermeiras não vendem saúde e serviços médicos. Seguindo a ideia de David Marquand, ao forçar esse tipo de relação na direção da lógica neoliberal, como se tudo fosse um grande comércio, acabamos por degradar as instituições responsáveis pela cidadania. A ética se esvai e só conseguimos pensar na lógica do dinheiro.

O que eu quero dizer é que tudo é questão de prioridade, e isso, meu amigo, lá no fundo pode definir seu caráter, queira ou não.







segunda-feira, 6 de julho de 2015

Partidos políticos nos movimentos?


   A falsa ideia de que a ausência de partidos políticos em movimentos sociais é democracia pura, ou intervenção da população na política já nos trouxe um cenário bem desagradável no passado. Novamente quando acontece o semelhante, a história se encaminha para o mesmo lado. É o primeiro passo para a desorganização, seguida de ódio, caos, bagunça, violência gratuita e então uma desculpa perfeita para a intervenção. Cuidado: partido não deve ser o princípio da luta, mas a luta sem o partido torna-se irracional. 

quarta-feira, 1 de julho de 2015

quinta-feira, 19 de março de 2015

Democracia e intervenção


“O grande problema do nosso sistema democrático é que permite fazer coisas nada democráticas democraticamente;” 
José Saramago, El Correo de Andalucía, Sevilla, 11 de Março de 2003;


Democracia e intervenção. São assuntos sérios a se discutir nesse momento histórico pelo qual o país está passando; nesse momento onde todos resolveram exercer o papel de cidadão e levantar de suas poltronas que já não os aguentavam mais. Simplesmente parece que o povo ficou um tanto quanto empolgado com aquelas frases como: “O gigante acordou”, ou sensibilizados com o convite “Vem pra rua” após as manifestações de 2013. Empolgados a ponto de exacerbar seus direitos que repousavam por anos e sensibilizados a ponto de correr às ruas, desesperados, vomitando suas mágoas e seu mal-estar social, que aflige o brasileiro há muito tempo.
Surpreende ao mesmo tempo em que emociona ver uma nação unida, saindo às ruas, gritando em uníssono e enfrentando quem se puser no caminho de sua luta e de seus direitos democráticos, porém assusta e oprime compreender o rumo que essas manifestações tomaram após as últimas eleições. A internet e as redes sociais nos mostram, com diversos exemplos, a contradição que transitou nesse domingo do dia 15 de março.
Não foram poucos os casos em que militantes de esquerda foram hostilizados, mesmo querendo fazer sua crítica ao governo. Tampouco os casos de bandeiras representando e fazendo apologia ao nazismo. Enquanto o povo fazia sua manifestação apoiando-se na democracia e no direito para tal, uma parcela considerável pedia intervenção militar, “socorro ao exército”, e a volta da ditadura. Frente a isso, as conclusões e resultados não podem ser positivos.
É compreensível que o cidadão esteja farto da situação política do país. O povo já criou um estereótipo sobre o “político” que permeia o senso comum. Essa visão acerca do político – às vezes precipitada – carrega consigo as angústias do povo quanto ao roubo, corrupção, descaso e até desdém daqueles representantes eleitos. Ou seja, há um mal-estar social quase que generalizado sobre o brasileiro. O grande problema aparece no momento em que essas manifestações expressam um ódio que há muito tempo não era visto na sociedade; um ódio partidário; um ódio que oprime e exclui.
É incabível em nossa sociedade atual utilizar a democracia para atentar contra a própria. Para tudo há um limite. Para quem vive em sociedade, em um Estado democrático, não é diferente. Nas teorias de Estado mais primordiais consta, a grosso modo, que nesse momento de equilíbrio e de mediação que é o Estado, há a colaboração de todos para um bem maior; que todo o cidadão sai de seu “estado de selvagem” para um estado civilizado no momento em que deposita e abre mão de uma parte de seus direitos e de sua liberdade para conviver em um todo harmônico.
Democracia não significa ausência de leis, nem de limites. O cidadão deve agir de acordo com o sistema que defende, para assim poder defendê-lo. No caso: a democracia. O que falta é a capacidade do povo de intervir na política do país e criar esse hábito. Não esperar o mal-estar social se generalizar e pedir intervenção militar. É o cidadão que deve intervir dentro de um Estado democrático, para que haja então, uma verdadeira democracia, e não uma plutocracia.
 .

terça-feira, 3 de março de 2015

Com que roupa eu vou (para o Impeachment)?

 A fim de auxiliar o pessoal que está promovendo o ato pelo impeachment da presidenta, eu selecionei algumas opções de uniformes para serem usadas no dia do ato.

Espero ter ajudado.

OBS: alinhei as imagens à direita.



quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Direita raivosa #2

Na nossa cidade também notamos pessoas sem esclarecimento expressando seu ódio através de um jato de asneiras sem fundamento teórico algum.
Meu bom rapaz João Albrecht, não lhe conheço e quem sabe você seja até uma boa pessoa, porém dentro da esfera política, aconselho que você vá estudar um pouco. 
Para começar leia isso: UJS é diferente de PT. UJS não é PT. PT não é UJS.
Lutamos pela juventude e por alguns direitos básicos que não devem faltar a ninguém dentro da sociedade. Nem mesmo a você, sujeito mal educado e agressivo.
Não fique irritado se você não consegue entender a militância, ou um simples ato de rua. Você foi condicionado a ser assim. Coxinha ignorante não entende nada disso mesmo. É normal.
OBS: Quem "controla", digamos assim, a situação do hospital, não somos nós da UJS (e nem o PT, até porque somos diferentes. Lembra da primeira lição?);
não estávamos distribuindo material;
Com "tinha que tomo um corridao" entendo que você queira dizer que deveriam nos tirar o direito a nos expressar em manifestação pacífica. Isso? pois bem... Não. Esqueça, e pare com essa bobageira tchê. Pega mal.